Dicas para o trabalho em sala de aula
- peça para o coordenador da escola elaborar um trabalho com os pais e responsáveis sobre educação sexual, para que a parceria escola-família possa estar em harmonia para a realização dos objetivos;
- participe de cursos sobre sexualidade humana e trabalhe questões íntimas que estejam atrapalhando sua atuação como educador sexual;
- as próprias crianças fornecem muitas oportunidades para iniciar o trabalho de educação sexual. As curiosidades, as perguntas, as manifestações da sexualidade são os melhores recursos e as melhores diretrizes sobre o que trabalhar com os pequenos;
- nenhum assunto é proibido. Toda curiosidade deve ser respondida com honestidade;
- um passeio pelos banheiros feminino e masculino pode ser uma atividade interessante para trabalhar as diferenças entre os sexos, o respeito à privacidade e sanar as curiosidades das crianças;
- atividades com massinha, para modelar os órgãos sexuais, podem ser um quebra-gelo muito interessante, mostrando à criança o quanto cada parte do nosso corpo é natural e merece respeito e atenção;
- todos os questionamentos das crianças devem ser respondidos. Se não há possibilidade de resposta imediata, não esqueça de voltar ao assunto e responder posteriormente com honestidade e informações completas;
- livros de histórias sobre como os bebês são feitos são ótimos recursos ilustrados para que a criança entenda os processos físicos. Toda criança precisa do concreto para construir conceitos;
- peça para a escola adquirir materiais de educação sexual: modelos anatômicos, família de bonecos sexuados (família colchete) para facilitar a prática pedagógica;
- se você perceber que algum aluno está com problemas ou sofrendo algum tipo de abuso sexual, converse com o coordenador para que as devidas providências possam ser tomadas a fim de preservá-la de qualquer violência e/ou encaminhando a criança a um profissional especializado;
- todo assunto de educação sexual deve ser abordado com o máximo de respeito.
Todos os conceitos devem ser construídos baseados em valores e no bom senso.
Metodologia para o trabalho em sala de aula
O tema sexualidade pode ser trabalhado:
1. Intencionalmente, ao se elaborar um projeto específico para o conteúdo;
2. Quando a criança pergunta ou demonstra curiosidade sobre a sexualidade;
3. Quando alguma situação de manifestação da sexualidade (masturbação, jogos infantis, erotização precoce) mostre a necessidade de um trabalho
sistemático;
4. Integrado às atividades cotidianas de sala de aula.
Metodologia:
1. Adequar as informações à linguagem da criança;
2. Utilizar materiais concretos e figuras para que o aluno assimile a complexidade do assunto;
3. Priorizar o aspecto lúdico (jogos e brincadeiras) nas atividades de educação sexual;
4. Lembrar que nenhum assunto é proibido ou inadequado para a criança e nem leva à erotização ou iniciação sexual precoce. Muito pelo contrário: educação sexual correta evita muitos problemas relacionados ao mau uso da sexualidade: gravidez precoce, abuso sexual, doenças sexualmente transmissíveis;
5. Associar as informações à formação do senso crítico e de valores morais tais como o respeito à diversidade, a ética, a responsabilidade, o amor próprio, entre outros;
6. Jamais trabalhar somente o aspecto biológico da sexualidade. A educação sexual pressupõe a construção de valores, a reflexão e a mudança de postura perante as questões sexuais;
Recursos e atividades:
1. Bonecos sexuados para mostrar a afetividade e os processos biológicos da relação sexual;
2. Fantoches para representar histórias;
3. Desenhos das partes do corpo, recorte e colagem do desenvolvimento do bebê na barriga da mãe;
4. Livros de histórias (sugestões de leitura com os respectivos temas ver página 19);
5. Jogos e brincadeiras;
6. Massa de modelar, para modelar as partes do corpo.
Fonte: Educação Sexual- Guia do Professor, p. 16 - 18. Que saber mais? Acesse o livro aqui.
- peça para o coordenador da escola elaborar um trabalho com os pais e responsáveis sobre educação sexual, para que a parceria escola-família possa estar em harmonia para a realização dos objetivos;
- participe de cursos sobre sexualidade humana e trabalhe questões íntimas que estejam atrapalhando sua atuação como educador sexual;
- as próprias crianças fornecem muitas oportunidades para iniciar o trabalho de educação sexual. As curiosidades, as perguntas, as manifestações da sexualidade são os melhores recursos e as melhores diretrizes sobre o que trabalhar com os pequenos;
- nenhum assunto é proibido. Toda curiosidade deve ser respondida com honestidade;
- um passeio pelos banheiros feminino e masculino pode ser uma atividade interessante para trabalhar as diferenças entre os sexos, o respeito à privacidade e sanar as curiosidades das crianças;
- atividades com massinha, para modelar os órgãos sexuais, podem ser um quebra-gelo muito interessante, mostrando à criança o quanto cada parte do nosso corpo é natural e merece respeito e atenção;
- todos os questionamentos das crianças devem ser respondidos. Se não há possibilidade de resposta imediata, não esqueça de voltar ao assunto e responder posteriormente com honestidade e informações completas;
- livros de histórias sobre como os bebês são feitos são ótimos recursos ilustrados para que a criança entenda os processos físicos. Toda criança precisa do concreto para construir conceitos;
- peça para a escola adquirir materiais de educação sexual: modelos anatômicos, família de bonecos sexuados (família colchete) para facilitar a prática pedagógica;
- se você perceber que algum aluno está com problemas ou sofrendo algum tipo de abuso sexual, converse com o coordenador para que as devidas providências possam ser tomadas a fim de preservá-la de qualquer violência e/ou encaminhando a criança a um profissional especializado;
- todo assunto de educação sexual deve ser abordado com o máximo de respeito.
Todos os conceitos devem ser construídos baseados em valores e no bom senso.
Metodologia para o trabalho em sala de aula
O tema sexualidade pode ser trabalhado:
1. Intencionalmente, ao se elaborar um projeto específico para o conteúdo;
2. Quando a criança pergunta ou demonstra curiosidade sobre a sexualidade;
3. Quando alguma situação de manifestação da sexualidade (masturbação, jogos infantis, erotização precoce) mostre a necessidade de um trabalho
sistemático;
4. Integrado às atividades cotidianas de sala de aula.
Metodologia:
1. Adequar as informações à linguagem da criança;
2. Utilizar materiais concretos e figuras para que o aluno assimile a complexidade do assunto;
3. Priorizar o aspecto lúdico (jogos e brincadeiras) nas atividades de educação sexual;
4. Lembrar que nenhum assunto é proibido ou inadequado para a criança e nem leva à erotização ou iniciação sexual precoce. Muito pelo contrário: educação sexual correta evita muitos problemas relacionados ao mau uso da sexualidade: gravidez precoce, abuso sexual, doenças sexualmente transmissíveis;
5. Associar as informações à formação do senso crítico e de valores morais tais como o respeito à diversidade, a ética, a responsabilidade, o amor próprio, entre outros;
6. Jamais trabalhar somente o aspecto biológico da sexualidade. A educação sexual pressupõe a construção de valores, a reflexão e a mudança de postura perante as questões sexuais;
Recursos e atividades:
1. Bonecos sexuados para mostrar a afetividade e os processos biológicos da relação sexual;
2. Fantoches para representar histórias;
3. Desenhos das partes do corpo, recorte e colagem do desenvolvimento do bebê na barriga da mãe;
4. Livros de histórias (sugestões de leitura com os respectivos temas ver página 19);
5. Jogos e brincadeiras;
6. Massa de modelar, para modelar as partes do corpo.
Fonte: Educação Sexual- Guia do Professor, p. 16 - 18. Que saber mais? Acesse o livro aqui.
Sugestão de literatura infantil e livros paradidáticos para auxiliar no trato com o tema sexualidade:
Guia do professor educador sexual de 0 a 10 anos; Guia do professor educador sexual de 0 a 10 anos; |
De Umbigo a Umbiguinho (ouvir) Toquinho Composição: Toquinho e Elifas Andreato Muito antes de nascer Na barriga da mamãe já pulsava sem querer O meu pequenino coração, Que é sempre o primeiro a ser formado Nesta linda confusão. Muito antes de nascer Na barriga da mamãe já comia pra viver Cheese salada, bala ou bacalhau. Vinha tudo pronto e mastigado No cordão umbilical. Tanto carinho, quanta tenção. Colo quentinho, ah! Que tempo bom! De umbigo a umbiguinho um elo sem fim Num cordãozinho da mamãe pra mim. Muito antes de nascer Na barriga da mamãe começava a conviver Com as mais estranhas sensações: Vontade de comer de madrugada Marmelada ou camarões. Muito antes de nascer Na barriga da mamãe me virava pra escolher A mais confortável posição. São nove meses sem se fazer nada, Entre água e escuridão. Tanto carinho, quanta atenção. Colo quentinho, ah! Que tempo bom! De umbigo a umbiguinho um elo sem fim Num cordãozinho da mamãe pra mim. |
Jogo Roletrando com as DSTs e Contraceptivo Jogo da Memória. Acesse (Roletrando e Jogo da memória) e monte o seu.
Para baixar essa história, acesse o link: http://eternojardimdeinfancia.blogspot.com.br/2011/01/menino-brinca-de-boneca.html ou https://picasaweb.google.com/professora.joelle.monet/LivroMeninoBrincaDeBoneca#5302438433479805314
ALGUMAS DAS CARACTERÍSTICAS DA SEXUALIDADE INFANTIL
Dos 2 aos 6 anos
- A descoberta das diferenças anatômicas;
- A vivência dos papéis de gênero;
- A auto exploração é outra experiência fundamental para o desenvolvimento de uma sexualidade saudável;
- Os jogos sexuais: brincadeiras “de médico” onde trocam experiências com outras crianças;
- Através da imitação do comportamento dos adultos: namoros, roupas etc.;
- Iniciam-se as perguntas: de onde vêm os bebês, por que sou diferente dos /as meninos /as etc.?
Dos 6 aos 10 anos
- A sociedade através dos agentes socializantes: pais, professores, colegas, meios de comunicação, literatura infantil, conteúdos e práticas escolares:
* EXERCE UM CONTROLE SEXUADO DO COMPORTAMENTO ( premiando ou castigando certas manifestações sexuais);
* OFERECE UMA ESCOLARIZAÇÃO COM CONTEÚDOS SEXUAIS (ex.: discriminando as meninas..)
AQUISIÇÕES A NÍVEL DA SEXUALIDADE
- Identidade e papel sexual;
- Aquisição da permanência da identidade sexual e do gênero;
- Distinção da identidade sexual e de gênero;
- Interiorização da moral sexual;
Para satisfazer a curiosidade infantil o adulto deve seguir os seguintes princípios:
• saber porque e de onde vem a pergunta;
• honestidade;
• restringir-se à pergunta feita, sem se estender;
• progredir com base no que a criança já conhece;
• fornecer explicações em linguagem simples e familiar;
• sempre que possível corresponder ao momento em que a criança solicita;
• repetir, se necessário.
IMPORTANTE:
A sexualidade infantil é inerente a qualquer criança e sua demonstração será particular a cada uma, sendo que aos educadores cabe conhecê-la, respeitá-la, conduzí-la de forma adequada, sem estimulação nem repressão e tendo sempre em mente uma autorreflexão de sua própria sexualidade.
"A única coisa que não vale é mentir para a criança. Ela vai checar com outra pessoa e perder a confiança neste adulto que mentiu".
Sugestão de como realizar a Educação Sexual na Escola:
Faixa etária 4 e 5 anos
Conteúdo: Identidade e Autonomia
Objetivos:
- Envolver professores e pais no trabalho de orientação sexual dos estudantes.
- Desenvolver nos alunos o respeito pelo corpo (o próprio e o do outro).
- Refletir sobre diferenças de gênero e relacionamentos.
- Dar informações sobre gravidez, métodos anticoncepcionais e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
- Conscientizar sobre a importância de uma vida sexual responsável.
1ª ETAPA
• Preparação da escola e da comunidade:
• Capacitação da equipe
• Envolvimento dos pais
• Formação permanente
2ª ETAPA
• Da pré-escola ao 5º ano, o trabalho em sala de aula exige atenção do professor às atitudes e à curiosidade das crianças, pois são elas que vão dar
origem aos debates e às atividades propostos a seguir.
Pré-escola
- Diferenças de gênero - Baixar a calça e levantar a saia são sinais de curiosidade. O livro Ceci Tem Pipi?, de Heloisa Jahn e Thierry Lenain, explora as diferenças físicas e comportamentais entre meninos e meninas. Pergunte quem tem pipi. E quem não tem? Tem o quê? Diga que a vagina é o "pipi" das meninas. Estimule o debate sobre o que é ser menino e menina, levantando questões como: uma garota pode subir em árvores? Escreva as respostas no quadro e converse com a turma.
- O corpo e o prazer - É normal que os pequenos toquem os genitais para ter prazer e conhecer o próprio corpo. Proponha a descoberta de outras formas de satisfação na escola, como brincar na areia e na terra ou com água. Deixe-os explorar esses elementos no parque e incentive-os a falar sobre o que sentiram e sobre as partes do corpo que dão prazer, inclusive o pênis e a vagina. Diga que é normal tocá-los, mas que essas são partes íntimas e, portanto, não devem ser manipuladas em locais públicos. Finalize lembrando-as das outras maneiras de ter prazer na escola.
- Relação sexual - Caso uma criança tenha visto uma cena de sexo na TV, certamente comentará com os colegas. O livro A Mamãe Botou um Ovo, de Babette Cole, relaciona sexo, concepção e nascimento. Todos sabem como nasceram? Levante as dúvidas e comente que sexo é coisa de adultos. Mostre bonecos que tenham pênis e vagina e deixe a garotada explorar as diferenças.
- Gravidez - Se alguma professora ou alguém próxima à garotada estiver grávida, certamente a turma ficará curiosa. Fale sobre o desenvolvimento do bebê, desde a concepção até o nascimento (cartazes ajudam muito). Uma música boa para tocar é De Umbigo a Umbiguinho, de Toquinho. Explique o processo físico de evolução, ouça as perguntas e responda-as de forma simples e direta.
Do 1º ao 5º ano
- Vocabulário da sexualidade - Palavrões são comuns nas conversas infantis e podem ser usados para fazer graça ou para agredir. Mas eles perdem rapidamente o impacto quando você os escreve no quadro. Explique o significado de cada um, deixe claro que todos podem ser ofensivos e, por isso, não devem ser usados - principalmente em público.
- Caso as palavras façam referência aos órgãos sexuais, levante as outras que a turma conheça para pênis e vagina. Escreva no quadro os termos
corretos e utilize-os nas conversas sobre o tema.
- Padrões de beleza - Ao perceber que os alunos debocham da aparência de um colega, um bom caminho é promover um debate sobre padrões de beleza. Que tal passar o filme Shrek? Por que a princesa Fiona se esconde quando vira ogra? Ela só é aceita quando aparenta ser bela? Que qualidades têm os personagens? É justo que as pessoas evitem quem não acham bonito? Outro bom exemplo é a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. A modelo é bonita? Explique que, na época em que foi pintada, ela era (sim) um padrão de beleza. Divida a turma em duplas e peça que cada um descreva qualidades ou algo que ache bonito no colega.
- Com os mais velhos, o trabalho deve ser sistemático, com aulas semanais ou quinzenais. Monte uma lista com os temas, mas os apresente de acordo com o interesse da turma.
Do 6º ao 9º ano
• Puberdade - Coloque no quadro desenhos de corpos femininos e masculinos em diferentes fases do crescimento. Pergunte aos alunos o que eles entendem por puberdade.
• Explique as transformações físicas e emocionais e por que elas acontecem. As questões podem ser feitas oralmente ou por escrito (se você não
quiser expor ninguém).
• Maternidade e paternidade - Leia o poema Enjoadinho, de Vinicius de Moraes. Pergunte de que um bebê precisa durante a gestação e após o nascimento e fale sobre as necessidades dos pais. Escreva as respostas no quadro. Pergunte se é possível um adolescente ser pai e mãe e prover tudo de que o bebê precisa. Do que o jovem terá de abrir mão para cuidar de uma criança? Quais são as vantagens de adiar a gravidez? Ao fim da
aula, peça que os alunos escrevam sobre o que esperam do futuro.
• Métodos anticoncepcionais - Leve para a sala de aula cartelas de pílulas, camisinhas masculina e feminina, tabelinha etc. Faça circular pela classe e dê explicações sobre cada tipo. Responda às dúvidas. Divida a turma em grupos e dê a cada um uma banana ou cenoura e uma camisinha para demonstrar como ela deve ser colocada. Depois peça que os jovens façam o mesmo. Lembre-os de que as camisinhas masculina e feminina
são o único método anticoncepcional que previne as DSTs.
• Aborto - No Brasil, a interrupção intencional da gravidez é crime, exceto quando a mãe foi estuprada ou corre risco de morte. Antes do debate, ofereça textos sobre o tema e forme dois grupos para uma dramatização. O primeiro deve ter personagens como uma grávida que quer ter o bebê, o namorado que prefere que ela aborte, o médico que fará a operação, a mãe que é contra e a amiga que tem dúvidas. O outro: a grávida que insiste em abortar, o namorado que é contra, o médico que a aconselha a não fazer isso, a mãe que tem dúvidas e a amiga que insiste na interrupção. Proponha que os jovens improvisem um diálogo usando argumentos compatíveis com cada personagem.
• DSTs - Ponha para tocar A Via Láctea, de Renato Russo, e Ideologia, de Cazuza. Esses dois músicos morreram em decorrência da AIDS. Os alunos sabem o que a sigla significa? Selecione versos ("Essa febre que não passa", "Meu prazer agora é risco de vida" e outros) e discuta seu significado. Peça uma pesquisa sobre a incidência da síndrome na população. A análise mostrará que não existem mais grupos de risco, mas atitudes de risco. Converse sobre outros tipos de DSTs e como se prevenir.
• O que é ser homem e ser mulher - No filme Billy Elliot, de Stephen Daldry, o personagem principal quer ser bailarino. O que os jovens fariam se um filho tivesse esse desejo? Ou uma filha que sonha ser futebolista? O que é ser homem e ser mulher? Dá para definir levando em consideração apenas o que a pessoa gosta de fazer?
• Homossexualidade e bissexualidade - Assista com os alunos ao filme Brokeback Mountain, de Ang Lee. Como o preconceito contra homossexuais é mostrado? Só existe amor entre homens e mulheres? Ouça as opiniões e reflita com os alunos sobre diferentes formas de amar. O respeito à opção sexual também deve ser abordado.
DOLESCENTE
• Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a adolescência vai dos 10 aos 19 anos de idade. Para o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o jovem brasileiro está entre os 12 e os 18 anos.
• As mudanças físicas correlacionadas com as mudanças psicológicas levam o adolescente a uma nova relação com os pais e com o mundo.
• Na adolescência, os jovens, de diversas formas, procuram se inserir no social, por meio de buscas por identificações no seu meio de convívio, que não estejam mais ligadas ao ciclo familiar.
• Dessa forma, percebemos a importância que o grupo de pares assume nesse período da vida.
A Expressão da Sexualidade Nessa Fase
A maioria dos adolescentes, mesmo conhecendo os métodos contraceptivos, inicia vida sexual sem proteção e, no seguimento da atividade sexual, o uso sistemático deixa quase 30% sem proteção, tanto na contracepção como contra as DST/AIDS. Os locais mais utilizados para as relações são a própria casa ou a casa de amigos.
Os jovens não querem apenas discutir sobre o desenvolvimento fisiológico ou como se prevenir. Querem falar de sentimentos, tirar duvidas, etc.
Disponível em:
http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/orientacao-sexual-projeto-institucional-6-7-8-9-anos-641394.shtml?page=all
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/assunto-sexo-serio-432290.shtml
http://inclusaobrasil.blogspot.com.br/2010/07/o-que-e-sexualidade.html
http://www.psicologia.pt/artigos/ver_artigo.php?codigo=A0214
http://www2.darwin.com.br/2012_index/ensinoFundamental/_Apresentacao/fomacaoparapais/2010/FORMACAO_PARA_PAIS_2010_SETEMBRO.pdf
Dos 2 aos 6 anos
- A descoberta das diferenças anatômicas;
- A vivência dos papéis de gênero;
- A auto exploração é outra experiência fundamental para o desenvolvimento de uma sexualidade saudável;
- Os jogos sexuais: brincadeiras “de médico” onde trocam experiências com outras crianças;
- Através da imitação do comportamento dos adultos: namoros, roupas etc.;
- Iniciam-se as perguntas: de onde vêm os bebês, por que sou diferente dos /as meninos /as etc.?
Dos 6 aos 10 anos
- A sociedade através dos agentes socializantes: pais, professores, colegas, meios de comunicação, literatura infantil, conteúdos e práticas escolares:
* EXERCE UM CONTROLE SEXUADO DO COMPORTAMENTO ( premiando ou castigando certas manifestações sexuais);
* OFERECE UMA ESCOLARIZAÇÃO COM CONTEÚDOS SEXUAIS (ex.: discriminando as meninas..)
AQUISIÇÕES A NÍVEL DA SEXUALIDADE
- Identidade e papel sexual;
- Aquisição da permanência da identidade sexual e do gênero;
- Distinção da identidade sexual e de gênero;
- Interiorização da moral sexual;
Para satisfazer a curiosidade infantil o adulto deve seguir os seguintes princípios:
• saber porque e de onde vem a pergunta;
• honestidade;
• restringir-se à pergunta feita, sem se estender;
• progredir com base no que a criança já conhece;
• fornecer explicações em linguagem simples e familiar;
• sempre que possível corresponder ao momento em que a criança solicita;
• repetir, se necessário.
IMPORTANTE:
A sexualidade infantil é inerente a qualquer criança e sua demonstração será particular a cada uma, sendo que aos educadores cabe conhecê-la, respeitá-la, conduzí-la de forma adequada, sem estimulação nem repressão e tendo sempre em mente uma autorreflexão de sua própria sexualidade.
"A única coisa que não vale é mentir para a criança. Ela vai checar com outra pessoa e perder a confiança neste adulto que mentiu".
Sugestão de como realizar a Educação Sexual na Escola:
Faixa etária 4 e 5 anos
Conteúdo: Identidade e Autonomia
Objetivos:
- Envolver professores e pais no trabalho de orientação sexual dos estudantes.
- Desenvolver nos alunos o respeito pelo corpo (o próprio e o do outro).
- Refletir sobre diferenças de gênero e relacionamentos.
- Dar informações sobre gravidez, métodos anticoncepcionais e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
- Conscientizar sobre a importância de uma vida sexual responsável.
1ª ETAPA
• Preparação da escola e da comunidade:
• Capacitação da equipe
• Envolvimento dos pais
• Formação permanente
2ª ETAPA
• Da pré-escola ao 5º ano, o trabalho em sala de aula exige atenção do professor às atitudes e à curiosidade das crianças, pois são elas que vão dar
origem aos debates e às atividades propostos a seguir.
Pré-escola
- Diferenças de gênero - Baixar a calça e levantar a saia são sinais de curiosidade. O livro Ceci Tem Pipi?, de Heloisa Jahn e Thierry Lenain, explora as diferenças físicas e comportamentais entre meninos e meninas. Pergunte quem tem pipi. E quem não tem? Tem o quê? Diga que a vagina é o "pipi" das meninas. Estimule o debate sobre o que é ser menino e menina, levantando questões como: uma garota pode subir em árvores? Escreva as respostas no quadro e converse com a turma.
- O corpo e o prazer - É normal que os pequenos toquem os genitais para ter prazer e conhecer o próprio corpo. Proponha a descoberta de outras formas de satisfação na escola, como brincar na areia e na terra ou com água. Deixe-os explorar esses elementos no parque e incentive-os a falar sobre o que sentiram e sobre as partes do corpo que dão prazer, inclusive o pênis e a vagina. Diga que é normal tocá-los, mas que essas são partes íntimas e, portanto, não devem ser manipuladas em locais públicos. Finalize lembrando-as das outras maneiras de ter prazer na escola.
- Relação sexual - Caso uma criança tenha visto uma cena de sexo na TV, certamente comentará com os colegas. O livro A Mamãe Botou um Ovo, de Babette Cole, relaciona sexo, concepção e nascimento. Todos sabem como nasceram? Levante as dúvidas e comente que sexo é coisa de adultos. Mostre bonecos que tenham pênis e vagina e deixe a garotada explorar as diferenças.
- Gravidez - Se alguma professora ou alguém próxima à garotada estiver grávida, certamente a turma ficará curiosa. Fale sobre o desenvolvimento do bebê, desde a concepção até o nascimento (cartazes ajudam muito). Uma música boa para tocar é De Umbigo a Umbiguinho, de Toquinho. Explique o processo físico de evolução, ouça as perguntas e responda-as de forma simples e direta.
Do 1º ao 5º ano
- Vocabulário da sexualidade - Palavrões são comuns nas conversas infantis e podem ser usados para fazer graça ou para agredir. Mas eles perdem rapidamente o impacto quando você os escreve no quadro. Explique o significado de cada um, deixe claro que todos podem ser ofensivos e, por isso, não devem ser usados - principalmente em público.
- Caso as palavras façam referência aos órgãos sexuais, levante as outras que a turma conheça para pênis e vagina. Escreva no quadro os termos
corretos e utilize-os nas conversas sobre o tema.
- Padrões de beleza - Ao perceber que os alunos debocham da aparência de um colega, um bom caminho é promover um debate sobre padrões de beleza. Que tal passar o filme Shrek? Por que a princesa Fiona se esconde quando vira ogra? Ela só é aceita quando aparenta ser bela? Que qualidades têm os personagens? É justo que as pessoas evitem quem não acham bonito? Outro bom exemplo é a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. A modelo é bonita? Explique que, na época em que foi pintada, ela era (sim) um padrão de beleza. Divida a turma em duplas e peça que cada um descreva qualidades ou algo que ache bonito no colega.
- Com os mais velhos, o trabalho deve ser sistemático, com aulas semanais ou quinzenais. Monte uma lista com os temas, mas os apresente de acordo com o interesse da turma.
Do 6º ao 9º ano
• Puberdade - Coloque no quadro desenhos de corpos femininos e masculinos em diferentes fases do crescimento. Pergunte aos alunos o que eles entendem por puberdade.
• Explique as transformações físicas e emocionais e por que elas acontecem. As questões podem ser feitas oralmente ou por escrito (se você não
quiser expor ninguém).
• Maternidade e paternidade - Leia o poema Enjoadinho, de Vinicius de Moraes. Pergunte de que um bebê precisa durante a gestação e após o nascimento e fale sobre as necessidades dos pais. Escreva as respostas no quadro. Pergunte se é possível um adolescente ser pai e mãe e prover tudo de que o bebê precisa. Do que o jovem terá de abrir mão para cuidar de uma criança? Quais são as vantagens de adiar a gravidez? Ao fim da
aula, peça que os alunos escrevam sobre o que esperam do futuro.
• Métodos anticoncepcionais - Leve para a sala de aula cartelas de pílulas, camisinhas masculina e feminina, tabelinha etc. Faça circular pela classe e dê explicações sobre cada tipo. Responda às dúvidas. Divida a turma em grupos e dê a cada um uma banana ou cenoura e uma camisinha para demonstrar como ela deve ser colocada. Depois peça que os jovens façam o mesmo. Lembre-os de que as camisinhas masculina e feminina
são o único método anticoncepcional que previne as DSTs.
• Aborto - No Brasil, a interrupção intencional da gravidez é crime, exceto quando a mãe foi estuprada ou corre risco de morte. Antes do debate, ofereça textos sobre o tema e forme dois grupos para uma dramatização. O primeiro deve ter personagens como uma grávida que quer ter o bebê, o namorado que prefere que ela aborte, o médico que fará a operação, a mãe que é contra e a amiga que tem dúvidas. O outro: a grávida que insiste em abortar, o namorado que é contra, o médico que a aconselha a não fazer isso, a mãe que tem dúvidas e a amiga que insiste na interrupção. Proponha que os jovens improvisem um diálogo usando argumentos compatíveis com cada personagem.
• DSTs - Ponha para tocar A Via Láctea, de Renato Russo, e Ideologia, de Cazuza. Esses dois músicos morreram em decorrência da AIDS. Os alunos sabem o que a sigla significa? Selecione versos ("Essa febre que não passa", "Meu prazer agora é risco de vida" e outros) e discuta seu significado. Peça uma pesquisa sobre a incidência da síndrome na população. A análise mostrará que não existem mais grupos de risco, mas atitudes de risco. Converse sobre outros tipos de DSTs e como se prevenir.
• O que é ser homem e ser mulher - No filme Billy Elliot, de Stephen Daldry, o personagem principal quer ser bailarino. O que os jovens fariam se um filho tivesse esse desejo? Ou uma filha que sonha ser futebolista? O que é ser homem e ser mulher? Dá para definir levando em consideração apenas o que a pessoa gosta de fazer?
• Homossexualidade e bissexualidade - Assista com os alunos ao filme Brokeback Mountain, de Ang Lee. Como o preconceito contra homossexuais é mostrado? Só existe amor entre homens e mulheres? Ouça as opiniões e reflita com os alunos sobre diferentes formas de amar. O respeito à opção sexual também deve ser abordado.
DOLESCENTE
• Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a adolescência vai dos 10 aos 19 anos de idade. Para o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o jovem brasileiro está entre os 12 e os 18 anos.
• As mudanças físicas correlacionadas com as mudanças psicológicas levam o adolescente a uma nova relação com os pais e com o mundo.
• Na adolescência, os jovens, de diversas formas, procuram se inserir no social, por meio de buscas por identificações no seu meio de convívio, que não estejam mais ligadas ao ciclo familiar.
• Dessa forma, percebemos a importância que o grupo de pares assume nesse período da vida.
A Expressão da Sexualidade Nessa Fase
- A repressão do próprio impulso, principalmente se os primeiros contatos forem frustrantes.
- Aceitar o ato sexual, mesmo sem envolvimento afetivo, talvez essa seja a forma de expressão mais frequente na adolescência.
- A preferência sexual com afeto é o posicionamento que demonstra postura mais integrada frente à sexualidade, escolha esta que se encontra subsidiada pelas vivências de cada adolescente.
A maioria dos adolescentes, mesmo conhecendo os métodos contraceptivos, inicia vida sexual sem proteção e, no seguimento da atividade sexual, o uso sistemático deixa quase 30% sem proteção, tanto na contracepção como contra as DST/AIDS. Os locais mais utilizados para as relações são a própria casa ou a casa de amigos.
Os jovens não querem apenas discutir sobre o desenvolvimento fisiológico ou como se prevenir. Querem falar de sentimentos, tirar duvidas, etc.
Disponível em:
http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/orientacao-sexual-projeto-institucional-6-7-8-9-anos-641394.shtml?page=all
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/assunto-sexo-serio-432290.shtml
http://inclusaobrasil.blogspot.com.br/2010/07/o-que-e-sexualidade.html
http://www.psicologia.pt/artigos/ver_artigo.php?codigo=A0214
http://www2.darwin.com.br/2012_index/ensinoFundamental/_Apresentacao/fomacaoparapais/2010/FORMACAO_PARA_PAIS_2010_SETEMBRO.pdf
Mamãe botou um Ovo - disponível em: http://www.slideshare.net/letymiura/mame-botou-um-ovo